terça-feira, 31 de agosto de 2010

Conseqüências da Revolução Industrial (mudanças)

A revolução não acontece quando a sociedade adota novos meios de produção, ela acontece quando a sociedade adota novos comportamentos.


Vivemos um momento de transformação. O surgimento da internet e a construção de uma rede global de conhecimento é um tema bastante esgarçado, mas com possibilidades ainda não compreendidas em sua plenitude por grande parte da sociedade, que, apesar de impactada diretamente, de sua rotina de trabalho a sua maneira de se relacionar, segue no olho de um furacão sem perceber a profundidade das mudanças que permeiam seu cotidiano.

Diante deste cenário, a comparação do momento de ruptura que presenciamos com a revolução industrial se torna natural. As mudanças nos meios de produção, comunicação e relacionamento sugeridas com o surgimento da industria já podiam ser sentidos no final do século XIX. A construção e o desenvolvimento de novas áreas da ciência, como a sociologia, e o aparecimento de reformas sociais que moldaram a sociedade como a conhecemos hoje, como a liberação feminista e a globalização, são resultados diretos da revolução impulcionada pela máquina a vapor, alimentada e remodelada pelo “Deus Mercado”.

Durante toda a história da humanidade, novas tecnologias moldaram a sociedade e ditaram padrões, sejam eles comportamentais, sociais ou econômicos. Antes da revolução industrial não tínhamos noções de linha de produção, mercado, bens de capital ou comunismo. Todos os fatores determinantes para a construção do cenário político-econômico do século XX, surgiram no final do século anterior.

Grande parte das referências que constroem nossa realidade e orienta nossas ações vem do mundo pós-industrial, da moda ao mercado de trabalho, que, motivados por razões econômicas, trouxeram a tona uma maior noção dos direitos humanos e da individualidade que simbolizam a sociedade hipermoderna que presenciamos.

Cada avanço tecnológico traz novas referências, novas perspectivas, formas de pensar, sentir e agir. Os saltos tecnológicos que marcam nossa maneira de se comunicar, que se iniciam nos primórdios da humanidade, com o surgimento da fala e da escrita, passam pela prensa de Guttemberg e evoluem até o surgimento do hipertexto, ajudam a registrar e dar continuidade ao espírito de cada época e a atribuir significado ao conjunto de valores sociais e culturais que marcam cada geração.

A singularidade de nosso tempo se concentra na maneira como passamos a enxergar a informação. O hipertexto não mudou somente a maneira como lidamos com conteúdo, ele é peça fundamental para as mudanças estruturais que observamos. A velocidade, tão característica de nossos dias, marca também o ritmo exponencial das mudanças sociais e culturais que permeiam nossa vida.

Este ritmo alucinante se torna tangível quando observamos que, a menos de quinze anos do surgimento da internet comercial no Brasil, funcionários de grandes empresas foram mandados para casa durante um “apagão” no sistema de uma das empresas de internet no final de 2008. Diante deste fato e transpondo este caso isolado para uma âmbito maior é possível projetar quantos modelos de negócios característicos de nosso tempo simplesmente deixariam de existir sem acesso a grande rede.

Trazendo esta questão para o cenário político um mais um marco histórico se apresenta diante de nós. A eleição de Barack Obama, rompeu padrões e estabeleceu uma nova forma de se pensar a política ao utilizar iniciativas “digitais”; focadas em nichos de interesses específicos, no processo eleitoral, se aproximando de maneira única e inédita de públicos até então não alcançados pelo debate político, como o público jovem. O resultado deste engajamento político e social refletiu diretamente nas urnas, que contabilizaram um recorde de eleitores.

A campanha, os debates no YouTube, o site de transição do presidente eleito e a proximidade do candidato com seu eleitorado são exemplos do impacto da web no sistema democrático como o conhecemos. Resta saber como tais ferramentas serão utilizadas no país que, surpreendentemente, passa mais horas por semana na internet e é uma das maiores democracias do mundo, o Brasil.

O impacto da internet na sociedade atual torna-se ainda mais pungente se analisarmos que o número de conexões irá dobrar nos próximos anos, atingindo dois bilhões de pessoas antes do final da próxima década e que, em menos de quinze anos, estima-se que quase a totalidade dos cidadãos de países desenvolvidos terão acesso a internet. Um número absoluto ainda maior de conexões virá de países emergentes, que, ainda assim, apresentarão um grande público potencial.

A cada novo link, assistimos a criação de um imenso sistema, um grande cérebro que ganha peso e complexidade em sua evolução, agregando cada vez mais conexões e exercendo uma infinidade de novas funções.

A internet se torna uma ferramenta que extrapola limites territoriais e aumenta o alcance e as possibilidades humanas, a luz do alvorecer de uma nova democracia, capaz de diminuir as desigualdades sociais e econômicas que marcaram o apogeu de grandes impérios de comunicação, apontando o surgimento da voz do povo como uma grande força de informação, uma nova variável cada vez mais presente em todos os níveis de uma tomada de decisão.

A era do conhecimento é marcada por ser extremamente democrática. Os espectadores são hoje também frentes de produção de conteúdo; os consumidores ferramentas importantíssimas de construção de imagem e da comunicação de qualquer marca; nunca foi tão fácil engajar participantes em causas antes desconhecidas. Em um mundo sedento por informação, a gestão do conhecimento é fundamental para a criação e a luta por um ideal, seja ele legítimo ou não.

Você apagou as luzes da sua casa na “erth hour” do último dia 28 de março? Se sua resposta for sim, acaba de acender uma luz sob a nova forma de engajar, mobilizar e vivenciar que a revolução da informação coloca sobre nós.

Site utilizado: http://www.b27.com.br/blog/?p=155

Revolução Industrial - História da Revolução Industrial

Começa na Inglaterra, em meados do século XVIII. Caracteriza-se pela passagem da manufatura à indústria mecânica. A introdução de máquinas fabris multiplica o rendimento do trabalho e aumenta a produção global. A Inglaterra adianta sua industrialização em 50 anos em relação ao continente europeu e sai na frente na expansão colonial.




Processo Tecnológico



A invenção de máquinas e mecanismos como a lançadeira móvel, a produção de ferro com carvão de coque, a máquina a vapor, a fiandeira mecânica e o tear mecânico causam uma revolução produtiva. Com a aplicação da força motriz às máquinas fabris, a mecanização se difunde na indústria têxtil e na mineração. As fábricas passam a produzir em série e surge a indústria pesada (aço e máquinas). A invenção dos navios e locomotivas a vapor acelera a circulação das mercadorias.



Empresários e Proletários



O novo sistema industrial transforma as relações sociais e cria duas novas classes sociais, fundamentais para a operação do sistema. Os empresários (capitalistas) são os proprietários dos capitais, prédios, máquinas, matérias-primas e bens produzidos pelo trabalho. Os operários, proletários ou trabalhadores assalariados, possuem apenas sua força de trabalho e a vendem aos empresários para produzir mercadorias em troca de salários.



Exploração do Trabalho



No início da revolução os empresários impõem duras condições de trabalho aos operários sem aumentar os salários para assim aumentar a produção e garantir uma margem de lucro crescente. A disciplina é rigorosa mas as condições de trabalho nem sempre oferecem segurança. Em algumas fábricas a jornada ultrapassa 15 horas, os descansos e férias não são cumpridos e mulheres e crianças não têm tratamento diferenciado.



Movimentos Operários



Surgem dos conflitos entre operários, revoltados com as péssimas condições de trabalho, e empresários. As primeiras manifestações são de depredação de máquinas e instalações fabris. Com o tempo surgem organizações de trabalhadores da mesma área.



Sindicalismo



Resultado de um longo processo em que os trabalhadores conquistam gradativamente o direito de associação. Em 1824, na Inglaterra, são criados os primeiros centros de ajuda mútua e de formação profissional. Em 1833 os trabalhadores ingleses organizam os sindicatos (trade unions) como associações locais ou por ofício, para obter melhores condições de trabalho e de vida. Os sindicatos conquistam o direito de funcionamento em 1864 na França, em 1866 nos Estados Unidos, e em 1869 na Alemanha.



Curiosidade



Primeiro de maio - É a data escolhida na maioria dos países industrializados para comemorar o Dia do Trabalho e celebrar a figura do trabalhador. A data tem origem em uma manifestação operária por melhores condições de trabalho iniciada no dia 1º de maio de 1886, em Chicago, nos EUA. No dia 4, vários trabalhadores são mortos em conflitos com as forças policiais. Em conseqüência, a polícia prende oito anarquistas e os acusa pelos distúrbios.



Quatro deles são enforcados, um suicida-se e três, posteriormente, são perdoados. Por essa razão, desde 1894, o Dia do Trabalho, nos Estados Unidos, é comemorado na primeira segunda-feira de setembro.



Consequência do Processo de Industrialização



As principais são a divisão do trabalho, a produção em série e a urbanização. Para maximizar o desempenho dos operários as fábricas subdividem a produção em várias operações e cada trabalhador executa uma única parte, sempre da mesma maneira (linha de montagem). Enquanto na manufatura o trabalhador produzia uma unidade completa e conhecia assim todo o processo, agora passa a fazer apenas parte dela, limitando seu domínio técnico sobre o próprio trabalho.



Acúmulo de Capital



Depois da Revolução Gloriosa a burguesia inglesa se fortalece e permite que o país tenha a mais importante zona livre de comércio da Europa. O sistema financeiro é dos mais avançados. Esses fatores favorecem o acúmulo de capitais e a expansão do comércio em escala mundial.



Controle do Campo



Cada vez mais fortalecida, a burguesia passa a investir também no campo e cria os cercamentos (grandes propriedades rurais). Novos métodos agrícolas permitem o aumento da produtividade e racionalização do trabalho. Assim, muitos camponeses deixam de ter trabalho no campo ou são expulsos de suas terras. Vão buscar trabalho nas cidades e são incorporados pela indústria nascente.



Crescimento Populacional



Os avanços da medicina preventiva e sanitária e o controle das epidemias favorecem o crescimento demográfico. Aumenta assim a oferta de trabalhadores para a indústria.



Reservas de Carvão



Além de possuir grandes reservas de carvão, as jazidas inglesas estão situadas perto de portos importantes, o que facilita o transporte e a instalação de indústrias baseadas em carvão. Nessa época a maioria dos países europeus usa madeira e carvão vegetal como combustíveis. As comunicações e comércio internos são facilitados pela instalação de redes de estradas e de canais navegáveis. Em 1848 a Inglaterra possui 8 mil km de ferrovias.



Situação Geográfica



A localização da Inglaterra, na parte ocidental da Europa, facilita o acesso às mais importantes rotas de comércio internacional e permite conquistar mercados ultramarinos. O país possui muitos portos e intenso comércio costeiro.



Expansão Industrial



A segunda fase da revolução (de 1860 a 1900) é caracterizada pela difusão dos princípios de industrialização na França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Estados Unidos e Japão. Cresce a concorrência e a indústria de bens de produção. Nessa fase as principais mudanças no processo produtivo são a utilização de novas formas de energia (elétrica e derivada de petróleo).



Revolução Industrial - Parte 2



A revolução industrial caracteriza-se pela produção industrial em grande escala voltada para o mercado mundial, com uso intensivo de máquinas. A Inglaterra é o primeiro país a realizá-la. A economia inglesa começa a crescer em 1780, e, em 1840, a indústria já está mecanizada, há uma rede nacional de estradas de ferro, começa a construir ferrovias em outros países, exporta locomotivas, vagões, navios e máquinas industriais.



Era das Invenções



Nos séculos XVIII e XIX a tecnologia vai adquirindo seu caráter moderno de ciência aplicada. As descobertas e invenções encontram rapidamente aplicação prática na indústria ou no desenvolvimento da ciência. Os próprios cientistas, muitos ainda autodidatas, transformam-se em inventores, como Michael Faraday, Lord Kelvin e Benjamin Franklin.



Benjamin Franklin



(1706-1790), estadista, escritor e inventor americano. Nasce em Boston, em uma família humilde e numerosa - 17 irmãos. Aos 10 anos, começa a trabalhar com o pai, um fabricante de sabão. Aos 12, emprega-se como aprendiz na gráfica de um de seus irmãos.



Em 1723, muda-se para a Filadélfia, quando começa a dedicar-se às letras e às ciências. Autodidata, aprende diversas línguas. Em 1730, já é proprietário de uma oficina gráfica e da Gazeta da Pensilvânia. Membro da Assembléia da Pensilvânia, dedica-se à política e à pesquisa científica. Em 1752, inventa o pára-raios. Quinze anos depois, ajuda a elaborar a Declaração de Independência dos EUA. Seu retrato aparece na nota de US$ 100.



Eletricidade - Da primeira pilha, produzida em 1800 por Alessandro Volta, até a lâmpada elétrica de Thomas Edison, em 1878, centenas de pesquisadores dedicam-se a estudar a eletricidade em várias partes do mundo. Suas descobertas aceleram o desenvolvimento da física e da química e os processos industriais.



Thomas Alva Edison



(1847-1931) - é um dos grandes inventores norte-americanos. Nasce em Ohio, filho de um operário de ferro-velho. É alfabetizado pela mãe e, aos 12 anos, começa a trabalhar como vendedor de jornais. Durante a Guerra de Secessão instala uma impressora num vagão de trem e inicia a publicação do semanário The Weekly Herald, o qual redige, imprime e vende. Dedica-se à pesquisa científica e é um dos primeiros a criar um laboratório comercial especializado em invenções práticas. Emprega dezenas de cientistas e pesquisadores. Até 1928, já havia registrado mais de mil invenções, como o fonógrafo (1877), a lâmpada incandescente (1878) e o cinetoscópio (1891).

site utilizado: http://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/revolucao-industrial.htm